Fotos: Gleice Fernandes
Daruich
sábado, 29 de abril de 2017
sábado, 16 de agosto de 2014
PT-KUB (DC-3)
O avião de passageiros
modelo DC-3,fabricado pela Douglas Aircraft Company, foi
originalmente projetado e construído como avião de carga (C-47), destinado aos
transportes de materiais, equipamentos e tropas durante a 2ª Guerra Mundial,
época em que foram fabricados mais de 11.000 unidades. Com o fim da guerra,
milhares desses aviões foram adaptados ao transporte comercial de passageiros,
e vendidos para várias empresas aéreas, inclusive a VASP (Viação Aérea São Paulo) que adquiriu várias
unidades que permaneceram em serviço até 1972. Em 1974, a VASP fez doação ao
Projeto Rondon de sete aviões já desativados que ainda voaram durante vários
anos. Em 1980, o Projeto Rondon doou à Fundação um DC-3, registro PT-KUB, que
foi totalmente restaurado pela Aeronáutica. Para equipá-lo foram utilizados
peças e componentes de 3 outras aeronaves, que se encontravam no Campo dos
Afonsos, no Rio de Janeiro.
Fotos: Jefferson Daruich da Gama
Local: Catavento Cultural e Educacional - São Paulo/SP
Data: 13/08/2014
Fontes: http://www.abas.org/abasinforma/155/paginas/02_3.htm
Fotos: Jefferson Daruich da Gama
Local: Catavento Cultural e Educacional - São Paulo/SP
Data: 13/08/2014
Fontes: http://www.abas.org/abasinforma/155/paginas/02_3.htm
Ficha Técnica
Modelo: Douglas C-47
B-45 (DC-3)
Número de construção: 34285, USAAF 45-1018
Fabricação: Douglas Aircraft Company, Santa Monica,
Califórnia, EUA
Data de Aquisição: janeiro de 1946, com o nome de
“Caparaó” – prefixo PP-SPO
Doação para a
Fundação Projeto Rondon: 02 de julho de 1974
Doação para a Fundação Museu da Tecnologia: 1980 já com o
prefixo PT-KUB
Dimensões:
Altura: 4,50 m
Largura: 8 m
Comprimento: 19,7 m
Diâmetro: 2,50 m
Envergadura: 29 m
Peso: 7.350 Kg (vazio)
/ 12.200Kg (peso máximo)
Descrição: Monoplano
de asa baixa, em alumínio, equipado com dois motores Pratt & Whitney “Twin Wasp” R-1830-92, 14
Cil. Radiais, de 1.200 hp a 2.700 rpm, capacidade dos tanques de
combustível 2.264 L – óleo lubrificante
150 L; hélices Hamilton Standard, hidromáticas, tipo 23 e 50 de 3 pás; piloto
automático “Sperry Gyroscope”. Possui
capacidade para 28 passageiros e 4 tripulantes, autonomia de vôo de 8 horas,
teto operacional de 3.000 m velocidade de cruzeiro de 270 / 298 Km/h,
velocidade máxima em vôo nivelado de 330 / 370 kph e 1.900km de alcance normal
(equivalente à distância aproximada entre São Paulo e Maceió. Uma viagem São
Paulo-Rio era feita em 2 horas e meia, por exemplo).
terça-feira, 6 de maio de 2014
quinta-feira, 1 de maio de 2014
sexta-feira, 7 de março de 2014
Carnaval 2014
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Fórum de Ubatuba, uma história perdida no tempo...
Talvez, se morássemos em um
município com estrutura turística, encontraríamos um guia local em frente aos
nossos prédios antigos relembrando histórias de um passado glamoroso. Então,
todos conseguiriam reconstituir em suas memórias um passado pouco distante do
nosso dia-a-dia e que fizeram parte da construção de nossa realidade... boa ou
ruim...
Imaginem a cena em frente ao Largo do Programa, posteriormente foi
denominado Largo do Teatro e hoje Praça Nóbrega... Em 20 de maio de 1886, foi
inaugurado um chafariz que, na ocasião, jorrava Vinho do Porto para todos os
presentes. No largo, eram centrados todos os eventos de repercussão popular:
folia de reis, danças, carnaval, movimentos políticos, enfim... pois ali
também ficava o Teatro Ubatubense com capacidade para 1.200 pessoas.
Anúncios no jornal local da época atraíam o público, como, por exemplo,
este editado no Echo Ubatubense, Anno I, Ubatuba, 6 de junho de 1897, N° 35,
com os temas teatrais: "Os Pupilos do Escravo - drama em 3 actos";
"O Boiadeiro - canção cômica por um amador"; "Por um óculo -
comédia em 1 acto, jocosa e cheia de peripécias"; "O levantar da primeira
Cruz em Ubatuba por Anchieta, fé, esperança e caridade - quadro-vivo representado
por gentis meninas".
Uma das peças chega a ser folclórica. Ubatuba já tinha passado por
duas decadências, então se falava da construção de uma ferrovia que ligaria
Ubatuba ao Vale do Paraíba. Em nome do progresso, resolveram alguns homens
importantes da época como Thomas Galhardo, Dr. Esteves da Silva, Cel. Gonçalves
Pereira e o ator amador Gabriel Costa uniram-se para fazer uma peça que se
chamava "Ubatuba nasce de novo!". Chamaram toda a elite da cidade e
convidados e, em um dos atos "um cesto em formato de uma concha gigante
trazia em seu interior uma criança com uma faixa escrita Ubatuba, representando
a cidade. Quando abriram a concha, em pleno palco, Ubatuba (a criança) estava
dormindo". Posteriormente, o mesmo prédio veio a sediar simultaneamente o
cinema, que tinha intervalos para trocarem o filme (supõe-se que o aparelho
usado era o "super oito").
O tempo foi passando e, em 1957, o prédio foi demolido e construído o
Fórum de Ubatuba, que funciona até os dias de hoje.
Os antigos contam que o Fórum sofreu
uma grande sabotagem, uma verdadeira queima de arquivo, literalmente.
O prédio sofreu um incêndio que queimou todos os documentos, pois antes
funcionava o cartório de notas e imóveis e registro civil.
Assim, os grileiros não tinham como provar suas posses nas terras, que
logo foram apossadas por outros, "possíveis interessados" (isto é o
que dizem as más línguas).
Hoje o Fórum tem duas Varas e junto ao poder judiciário funciona
também o Ministério Público. Os outros encargos foram desmembrados e estão
localizados em pontos distribuídos pela cidade.
Existe um projeto de remoção do Fórum, pois o prédio já não comporta
mais todo movimento do Judiciário.
Texto e foto: Claudia
Oliveira
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
A origem brasileira de Mann - Flip 2013
A origem brasileira de
Mann
Livro que será lançado hoje trata da
ligação da família do alemão com o país; proprietário diz que fazenda onde a
mãe do escritor morou em Paraty será centro sobre a cultura local
Por Thais Lobo
Os olhos eram azuis cinzentos. Mas,
por vezes, tornavam-se “negros e brasileiros”. A descrição do filósofo Theodor
Adorno para os momentos em que o escritor alemão Thomas Mann “encontrava a si
mesmo” revela uma porção pouco conhecida da biografia do ganhador do Nobel de
Literatura em 1929. Filho da brasileira Julia da Silva-Bruhns, Mann não chegou
a visitar sua terra mátria, como ele mesmo se referia ao Brasil, mas carregou
em sua literatura as raízes de uma cultura latina.
Autor de clássicos como “A montanha mágica”, “Morte em
Veneza” e “Doutor Fausto”, Mann usou nesses e em outros livros referências
sutis à origem estrangeira da família. Personagens femininas como a mãe de
Hanno em “Os Buddenbrooks” e a do personagem-título de “Tonio Kröger” traziam
em seu perfil um exotismo por terem nascido em terras distantes. Paulo Astor
Soethe, professor de Letras na Universidade Federal do Paraná e autor do livro
“Terra mátria — A família de Thomas Mann e o Brasil”, em parceria com Frido
Mann, neto do escritor, diz que a sensibilidade para a condição do estrangeiro,
para a multiplicidade cultural, é uma característica forte desde as primeiras
obras do alemão.
— Numa carta escrita em 1943, ele disse que as histórias que
ouviu da mãe foram o primeiro contato com o mundo estrangeiro. E esse aspecto é
muito importante porque a constituição de diversos personagens na literatura
deve-se em grande parte a essa experiência — explica.
“Terra mátria” será lançado hoje, em debate sobre o tema, às
20h, na Casa de Cultura. O livro traz documentos inéditos e mostra que, mesmo
distante, Mann manteve-se em contato com a realidade brasileira. Trocou
correspondência com uma prima em São Paulo e com o expatriado Karl
Lustig-Prean, líder do grupo antinazista Movimento dos Alemães Livres do
Brasil. O alemão ainda teve encontros com os brasileiros Sérgio Buarque de
Holanda e Erico Verissimo, e foi cortejado por Gilberto Freyre para que
aceitasse um convite da Academia Brasileira de Letras e visitasse o Brasil, o
que acabou não se concretizando.
“Sempre estive consciente do sangue latino-americano que
pulsa em minhas veias e bem sinto o quanto lhe devo como artista. Apenas uma
certa corpulência desajeitada e conservadora de minha vida explica que eu ainda
não tenha visitado o Brasil. A perda de minha terra pátria deveria constituir
uma razão a mais para que eu conhecesse minha terra mátria”, escreveu Mann em
1943, quando estava exilado nos Estados Unidos.
A ligação da família com o país atravessou gerações, de
Thomas Mann e seu irmão Heinrich para o filho Klauss e o neto. Frido Mann veio
ao Brasil pela primeira vez em 1994, com o intuito de fazer pesquisas
históricas em Paraty, Ouro Preto e Salvador para o romance “Brasa” (1999), cujo
título remete à cor vermelha do pau-brasil. Desde então, voltou ao país 16 vezes
e escreveu outras duas obras que fazem parte de uma trilogia dedicada a temas
brasileiros.
— Cheguei ao Brasil com um desafio
literário, mas o desafio biográfico que se apresentou foi muito maior. Foi uma
experiência muito marcante visitar a casa onde minha bisavó morou em Paraty,
onde minhas raízes estão — afirmou, por telefone, Frido, que não havia lido
praticamente nenhuma obra escrita pelos Mann até os 40 anos, quando voltou sua
literatura para a história familiar.
O casarão onde Julia morou ainda existe e é motivo de briga
entre a família Mann e o atual proprietário, o velejador Amyr Klink. A Fazenda
Boa Vista foi a casa da matriarca até seus 7 anos, quando o pai alemão decidiu
levar a família de volta à Europa, dada a morte prematura da sua mulher. O
último proprietário do imóvel era uma empresa de papel e celulose que foi à
falência, levando a um processo de venda judicial da casa. Em abril passado,
Klink e outros cinco sócios conseguiram a transferência de posse em definitivo.
— Não tenho interesse em vender. Já estamos conversando com
institutos culturais para fazer na fazenda um centro de referência ligado à
história de Paraty — diz Klink, que pretende restaurar o engenho, o alambique e
trilhas que eram rota de escoamento da cachaça. — Lamento, mas a cultura de
Paraty é muito mais importante do que a obra de Thomas Mann para a cidade.
Eventualmente podemos até fazer uma exposição do cara que fez “A montanha
mágica”.
Frido pretendia transformar o casarão em um memorial da
família e local de encontro de escritores e artistas, a Casa Mann. Para Paulo
Soethe, o fracasso do projeto é lamentável num momento em que a literatura dos
Mann pode ganhar mais projeção.
— A origem brasileira é uma dimensão inegável da obra de
Thomas Mann e oferece uma ponte concreta entre os universos literários de
Brasil e Alemanha. É uma literatura que já tem um caráter internacional.
Soma-se a isso a popularidade da família na Alemanha. Lá os Mann são como os
Kennedy para os Estados Unidos, ou os Windsor para a Inglaterra — afirma.
Fonte: Jornal “O Globo”, Suplemento da Flip, quinta-feira, 4
de julho de 2013, pág.7.
Extraído e adaptado por: Jefferson Daruich da Gama
Marcadores:
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Flip (Festa Literária Internacional de Paraty),
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Julia Mann,
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